quinta-feira, 17 de agosto de 2017

Em um comentário na minha página do FB (https://www.facebook.com/afeministagorda/) pediram para eu tratar do tema  "preconceito em relação às gordas que querem emagrecer". Eis minha opinião:

Acredito que todas as pessoas devem ser respeitadas, o que vale para gordos que querem emagrecer. Entretanto, também penso que páginas que tratam de ativismo/aceitação gorda não são o espaço apropriado para estas pessoas.

Creio que quem quer emagrecer pode se beneficiar muito com os textos sobre aceitação gorda, iniciando um processo de aceitação do seu próprio corpo que o leve a aceitá-lo tal como é, sem querer diminuí-lo. Pode aprender que a ditadura do corpo magro é opressora, um discurso opressor travestido de "preocupação com a saúde", com o intuito de enriquecer os que ganham com a indústria da dieta, da estética, bem como manter as mulheres em permanente guerra contra seu próprio corpo, famintas e constantemente insatisfeitas consigo mesmas.

A
pessoa que quer emagrecer (ainda) não aceita seu corpo. Tem introjetada o discurso social vigente de que o corpo gordo é um corpo ruim, exatamente o contrário da política de que todos os corpos são bons pela qual o movimento de aceitação gorda luta. Existem muito mais páginas e grupos nas redes sociais sobre emagrecimento do que sobre ativismo gordo. Há muito mais lugares de fala, hoje, para o gordo que tenta emagrecer, do que para o que se propõe a aceitar e amar seu corpo gordo tal como ele é. Desta forma, acredito que uma pessoa que quer emagrecer exigir lugar de fala num grupo de aceitação gorda é um desrespeito com esta luta. É uma forma de tentar minar o esforço deste grupo com um discurso falso de empatia. É buscar contaminar um espaço de aceitação com um discurso de ódio. Ódio ao corpo. Ódio ao gordo.

quarta-feira, 2 de agosto de 2017

Fétida

Hoje sou um repositório de ranho ambulante com um Sonrizal constantemente borbulhando em minha cabeça.

Quero nadar numa piscina de Sorinam.
Deitada em minha cama.
Apagada.

A humanidade já não me pertence.
Nem mamífera sou.
Me sinto mais como um daqueles gelequentos sem pernas, olhos, boca. Como se meu corpo fosse apenas uma massa única de meleca fétida e úmida. Variando entre o amarelo e o verde. Com alguns raios de sangue esporádicos.

Blog antigo

Um achado do passado não tão remoto

https://arquivomaisfazer.blogspot.com.br/

domingo, 30 de julho de 2017

Quando penso na Minha terra natal, meu sentimento não é de amor ou de saudade, mas de alegria por não estar lá. Nas vezes que volto, me sinto desconectada e sozinha. Minha família formei aqui, depois dos 18.

Um poema que adaptei diz:
Sempre me senti sem raizes
Então fiz assim
Criei raizes em mim

sexta-feira, 28 de julho de 2017

Quarta série

Esta noite fui brindada com a seguinte história:

Estou frequentando uma sala de aula da quarta série com alunos adultos à tarde. São uns 10 colegas. Eles estão fazendo a quarta série pela primeira vez. Eu tenho a formação de hoje, estou lá por diversão. A professora é minha ex-professora da quarta série. É muito divertido.

Marcamos de nos encontrar na minha casa a tarde e depois irmos para aula. Tinhamos que fazer um trabalho mas ficamos brincando. Na hora de sair dou um boneco para cada um e digo: - essa é Nefertite - esse é Dom Pedro. Saimos felizes com o trabalho feito, pois aparentemente o trabalho era levar um boneco representando uma personalidade histórica.

Vamos pela rua e começamos a correr brincando de quem vai chegar mais rápido. Entre a correria e a diversão vejo na calçada do outro lado da rua os dois professores mais queridos que tive na faculdade de filosofia. Fico com vergonha.

Chego antes dos colegas cabisbaixa e a professora diz: - te disse para não marcar a tarde, não foi ninguém. Eu respondo: - foi todo mundo, deu tudo certo. A partir de hoje vou voltar para o esquema de antes, venho de vez em quando, mais tarde. Vou voltar para meu emprego.

Lembro que estou há várias semanas sem aparecer e penso se vou ser aceita de volta.

quinta-feira, 27 de julho de 2017

Adoro dormir. Adoro meus sonhos.
Esta noite minha filha passou mal, vomitou. Terminado tudo meu inconsciente me brindou com o seguinte:

Estamos num hotel. A menina passa mal. Chamamos o pessoal para trocar a roupa de cama suja. Chegam dois homens com aparência oriental e informam que são da lavanderia e que a lavagem é paga. Concordamos.

Vamos investigar porque a menina passou mal. Descobrimos que os homens da lavanderia tem.um esquema em que envenenam um prato do buffet para que alguns hóspedem passem mal e paguem a lavagem dos lençóis.

Entregamos o esquema para as autoridades e os homens são presos.